A
relação entre o gene que herdamos dos nossos antepassados e os traços (alterações
do comportamento) tem fascinado um grande número de pesquisadores durante o século
XX. Diversos trabalhos têm sido realizados visando melhor entender se e como é
transmitida de geração em geração as mais variadas características funcionais e
patológicas da nossa mente, uma quantidade considerável de estudos
genético-moleculares tem se concentrado na esquizofrenia.
Comparações de gêmeos monozigóticos discordantes para esquizofrenia sugerem que quase todos os gêmeos afetados tem um desempenho cognitivo pior do que o gêmeo não afetado em testes cognitivos (Goldberg et al., 1990 apud. Lieberman et al, 2013)
Segundo
Silva et al. (2002) não restam dúvidas sobre a importância da influência
genética na esquizofrenia, mas a natureza exata dessa da transmissão genética
ainda não está clara. Acredita-se que o componente genético consiste de
múltiplos genes agindo de forma aditiva, sendo que o genótipo predisponente à
esquizofrenia só seria manifesto quando o número de genes e de fatores
não-genéticos presentes fosse maior do que um valor limiar. A Herança
Multifatorial com Efeito do Limiar é o padrão mais aceito no que se refere a
influência genética na esquizofrenia, sendo a base para a maioria dos estudos
realizados na área.
REFERENCIAL TEÓRICO
LIEBERMAN,
Jeffrey A.; STROUP, T. Scott; PERKINGS, Diana O. Cap. 4 Déficits neurocognitivos. Fundamentos da Esquizofrenia. Porto
Alegre: Artmed, 2013.
SILVA,
André luis Ferreira da; AGUIAR, Paulo Rogério Dalla Colletta de; LOPES, Renan;
GHENO, Giovani; CASTRO, Elizabeth de Carvalho; FERRÃO, Ygor Arzen. Genética
da Esquizofrenia: um estudo de revisão. Rev. psiquiatr. Rio Gd.
Sul;24(2):163-171, maio-ago. 2002.
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