domingo, 16 de fevereiro de 2014

9º - Episódio – Eita, e agora genética?

A relação entre o gene que herdamos dos nossos antepassados e os traços (alterações do comportamento) tem fascinado um grande número de pesquisadores durante o século XX. Diversos trabalhos têm sido realizados visando melhor entender se e como é transmitida de geração em geração as mais variadas características funcionais e patológicas da nossa mente, uma quantidade considerável de estudos genético-moleculares tem se concentrado na esquizofrenia.
Comparações de gêmeos monozigóticos discordantes para esquizofrenia sugerem que quase todos os gêmeos afetados tem um desempenho cognitivo pior do que o gêmeo não afetado em testes cognitivos (Goldberg et al., 1990 apud. Lieberman et al, 2013)
Segundo Silva et al. (2002) não restam dúvidas sobre a importância da influência genética na esquizofrenia, mas a natureza exata dessa da transmissão genética ainda não está clara. Acredita-se que o componente genético consiste de múltiplos genes agindo de forma aditiva, sendo que o genótipo predisponente à esquizofrenia só seria manifesto quando o número de genes e de fatores não-genéticos presentes fosse maior do que um valor limiar. A Herança Multifatorial com Efeito do Limiar é o padrão mais aceito no que se refere a influência genética na esquizofrenia, sendo a base para a maioria dos estudos realizados na área.
            



REFERENCIAL TEÓRICO

LIEBERMAN, Jeffrey A.; STROUP, T. Scott; PERKINGS, Diana O. Cap. 4 Déficits neurocognitivos. Fundamentos da Esquizofrenia. Porto Alegre: Artmed, 2013. 

SILVA, André luis Ferreira da; AGUIAR, Paulo Rogério Dalla Colletta de; LOPES, Renan; GHENO, Giovani; CASTRO, Elizabeth de Carvalho; FERRÃO, Ygor Arzen.  Genética da Esquizofrenia: um estudo de revisão. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul;24(2):163-171, maio-ago. 2002.


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