Antes
de começar a realizar as postagens temáticas (com a esquizofrenia e as suas
implicações psicopatológicas no portador, e nas relações socioculturais por ele
estabelecidas) gostaria de deixar claro o ponto de partida teórico no qual me
apoio para trazer o tema ao blog. Quero salientar que essa postagem sempre será atualizada (em tamanho) quando uma postagem trouxer uma nova terminologia. Nesse presente post vamos debater juntos as dúvidas das terminologias e teorias a cerca da esquizofrenia.
Porém,
quero lembrar que as classificações sobre a esquizofrenia e seus
espectros estão relacionados a um ponto de vista que está de acordo com o que é
socialmente aceito e socialmente esperado pela cultura na qual nos encontramos e
pode mudar de acordo com a as necessidades de adequação social e terminologia
médica/psicológica. Ressalto essa questão, pois o progresso científico para
tratamento e acompanhamento da esquizofrenia através de ciências como a psicologia
e psiquiatria precisam ser revisadas e atualizadas constantemente, o que pode
modificar a forma como interpretamos os sinais e sintomas da doença, mudando
inclusive a forma de realizar o diagnóstico da esquizofrenia.
As
definições a seguir foram retiradas do CID – 10 (Classificação internacional de
Doenças – Transtornos mentais e de comportamento), DSM – V (Dicionário de Saúde
Mental 5ª edição) e do livro Psicopatologia e semiologia dos transtornos
mentais, escrito por Paulo Dalgalarrondo.
Esquizofrenia: os aspectos essenciais da Esquizofrenia são um
misto de sinais e sintomas característicos que estiveram presentes por um
período de tempo significativo durante 1 mês (ou por um tempo menor, se
tratados com sucesso), com alguns sinais do transtorno persistindo por pelo
menos 6 meses. Esses sinais e sintomas estão associados com acentuada disfunção
social ou ocupacional
Os sintomas característicos de
Esquizofrenia envolvem uma faixa de disfunções cognitivas e emocionais que
acometem a percepção, o pensamento inferencial, a linguagem e a comunicação, o
monitoramento comportamental, o afeto, a fluência e produtividade do pensamento
e do discurso, a capacidade hedônica, a volição, o impulso e a atenção. O diagnóstico
envolve o reconhecimento de uma constelação de sinais e sintomas associados com
prejuízo no funcionamento ocupacional ou social.
Sintomas positivos: incluem distorções ou exageros do pensamento inferencial (delírios), da percepção (alucinações), da linguagem e comunicação (discurso desorganizado) e do monitoramento comportamental (comportamento amplamente desorganizado ou catatônico). Esses sintomas positivos podem compreender duas dimensões distintas, que, por sua vez, podem estar relacionadas a diferentes mecanismos neurais e correlações clínicas subjacentes: a "dimensão psicótica" inclui delírios e alucinações, enquanto a "dimensão da desorganização" inclui o discurso e comportamento desorganizados.
Sintomas negativos: incluem restrições na amplitude e
intensidade da expressão emocional (embotamento do afeto), na fluência e
produtividade do pensamento e na iniciação de comportamentos dirigidos a um
objetivo (a volição).
Nenhum comentário:
Postar um comentário