terça-feira, 7 de janeiro de 2014

2º Episódio - Terminologias, definições e coisa e tal

Antes de começar a realizar as postagens temáticas (com a esquizofrenia e as suas implicações psicopatológicas no portador, e nas relações socioculturais por ele estabelecidas) gostaria de deixar claro o ponto de partida teórico no qual me apoio para trazer o tema ao blog. Quero salientar que essa postagem sempre será atualizada (em tamanho) quando uma postagem trouxer uma nova terminologia. Nesse presente post vamos debater juntos as dúvidas das terminologias e teorias a cerca da esquizofrenia.
Porém, quero lembrar que as classificações sobre a esquizofrenia e seus espectros estão relacionados a um ponto de vista que está de acordo com o que é socialmente aceito e socialmente esperado pela cultura na qual nos encontramos e pode mudar de acordo com a as necessidades de adequação social e terminologia médica/psicológica. Ressalto essa questão, pois o progresso científico para tratamento e acompanhamento da esquizofrenia através de ciências como a psicologia e psiquiatria precisam ser revisadas e atualizadas constantemente, o que pode modificar a forma como interpretamos os sinais e sintomas da doença, mudando inclusive a forma de realizar o diagnóstico da esquizofrenia.




As definições a seguir foram retiradas do CID – 10 (Classificação internacional de Doenças – Transtornos mentais e de comportamento), DSM – V (Dicionário de Saúde Mental 5ª edição) e do livro Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais, escrito por Paulo Dalgalarrondo.

Esquizofrenia: os aspectos essenciais da Esquizofrenia são um misto de sinais e sintomas característicos que estiveram presentes por um período de tempo significativo durante 1 mês (ou por um tempo menor, se tratados com sucesso), com alguns sinais do transtorno persistindo por pelo menos 6 meses. Esses sinais e sintomas estão associados com acentuada disfunção social ou ocupacional
Os sintomas característicos de Esquizofrenia envolvem uma faixa de disfunções cognitivas e emocionais que acometem a percepção, o pensamento inferencial, a linguagem e a comunicação, o monitoramento comportamental, o afeto, a fluência e produtividade do pensamento e do discurso, a capacidade hedônica, a volição, o impulso e a atenção. O diagnóstico envolve o reconhecimento de uma constelação de sinais e sintomas associados com prejuízo no funcionamento ocupacional ou social.

Sintomas positivos: incluem distorções ou exageros do pensamento inferencial (delírios), da percepção (alucinações), da linguagem e comunicação (discurso desorganizado) e do monitoramento comportamental (comportamento amplamente desorganizado ou catatônico). Esses sintomas positivos podem compreender duas dimensões distintas, que, por sua vez, podem estar relacionadas a diferentes mecanismos neurais e correlações clínicas subjacentes: a "dimensão psicótica" inclui delírios e alucinações, enquanto a "dimensão da desorganização" inclui o discurso e comportamento desorganizados. 

Sintomas negativos: incluem restrições na amplitude e intensidade da expressão emocional (embotamento do afeto), na fluência e produtividade do pensamento e na iniciação de comportamentos dirigidos a um objetivo (a volição).

Nenhum comentário:

Postar um comentário